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 JORNADAS MUNDIAIS DA JUVENTUDE 2016
CRACÓVIA, POLÓNIA - 26 JULHO A 31 JULHO

«Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7) 

As bem-aventuranças... no Evangelho de Mateus

Do Evangelho segundo S. Mateus (5,1-12)

(5,1) Ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-se. Aproximaram- se dele os discípulos 2e Ele, abrindo a boca, ensinava-os, dizendo:

 

3«Bem- aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5Bem- aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem- aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus. 11Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. 12Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Pois assim perseguiram os profetas antes de vós».

Observações:

Em Mateus, Jesus aparece como o novo Moisés, que do alto do monte dá a nova Lei. Sendo o Filho, só Ele conhece o Pai e só Ele sabe o que o Pai tinha em mente quando, no Sinai, deu a Lei por meio de Moisés. Ele é, pois, o único que pode ensinar o que agrada ao Pai (cf. Mt 11,27). Por isso, tal como a Lei de Moisés (a Torah) se compõe dos cinco primeiros livros da Bíblia (o Pentateuco), também, em Mateus, Jesus apresenta a nova Lei em cinco grandes discursos: Mt 5-7; 10; 13; 18; 24-25. O presente texto abre o discurso inaugural, o “Sermão da mon- tanha” (Mt 5-7), onde Jesus apresenta o Reino e a sua “Constituição”.

Mateus começa por referir que Jesus subiu ao monte (v. 1; Lc 6,17, ao invés, fala de uma planície). Note-se que a referência ao monte, onde Jesus começa a “ensinar” os seus “discípulos” que dele “se aproximaram”, repete-se no final do Evangelho, com o “monte” da Galileia indicado por Jesus, onde Ele, ressuscitado, “se aproxima” dos Onze e os envia por toda a terra a fazer “discípulos” e a “ensiná-los” (Mt 28,16.19s), retomando assim a missão e pregação de Jesus. Na Sagrada Escritura “o monte” é o lugar do encontro com Deus e da revelação de Deus (Gn 22,2; Ex 3,1; 1 Rs 19,8; Sf 3,11; Is 52,7; Mt 14,23; 15,29; 17,1;28,16). Mateus aponta Jesus não só o novo Moisés, mas como alguém maior do que ele. Fá-lo triplicemente.

Por um lado, alude à subida de Moisés ao monte Sinai para dar a Lei ao povo (cf. Ex 19,3;24,18). Tal como Moisés, Jesus sobe ao monte, a fim de dar a nova Lei. Mas, ao contrário de Moisés, que avisou que quem se aproximasse do monte morreria (cf. Ex 19,12-13), os discípulos podem aproximar-se de Jesus, pois é dele que recebem a verdadeira vida.

Por outro lado, alude-se à subida de Moisés ao Monte Nebo, donde Deus lhe mostrou a terra prometida (Nm 27,12; Dt 1,7s), prometendo-lhe que Josué (cujo nome em grego é “Jesus”!), lhe sucederia a fim de aí introduzir o povo de Deus e de o apascentar como chefe (Nm 27,15-18; Dt 1,37-38). Dizendo que Jesus “vê” as multidões (no plural), a que se referira em Mt 4,24-25, compostas por todo o tipo de pessoas, judeus e pagãos, contando com todo o tipo de enfermidades, Mateus sublinha o alcance universal da mensagem e obra salvífica de Jesus. Do monte Jesus “vê” a humanidade sofredora com o olhar de Iavé, conhecendo o íntimo do seu coração (1 Sm 16,7), a sua escravidão e sofrimento (cf. Ex 3,7). Jesus é o enviado de Deus, maior que Moisés e Josué, que liberta a humanidade da escravidão do pecado e da morte, e lhe mostra logo no início, a partir do monte da sua Palavra, a verdadeira Terra prometida onde a vai introduzir e apascentar: o Reino de Deus. Por último, Jesus é apresentado como a sabedoria de Deus encarnada, que “abrindo a boca, ensina” (v. 2; cf. Sir 15,5). Jesus é, mostrando, de facto, a plenitude de todo o Antigo Testamento.

Enquanto género bíblico, as “bem-aventuranças” são uma fórmula relativamente frequente que aparece: a) nas palavras proféticas que anunciam a alegria messiânica futura (cf. Is 30,18-21); b) em ações de graças (cf. Sl 32,1s; 33,12; 84,5s.13) e c) nas exortações a seguir o caminho de Deus (cf. Pv 3,13; 8,32.34; Sl 1,1). São sempre anúncio de uma alegria que vem de Deus e que só por Ele pode ser dada (Br 4,4). Nelas Jesus não só anuncia o Reino de Deus, mas mostra-o já presente no meio dos homens e aponta o caminho que a ele conduz.

As bem-aventuranças são, pois, as oito janelas através das quais Jesus, logo no início, mostra o Reino dos céus; são também as oito portas para nele entrar e e as oito vias para nele caminhar. São o céu na terra, o modo como o Reino dos céus se torna presente entre nós, o modo como se dá, o único modo para o receber, nele entrar e nele viver; o ver, construir e saborear já aqui na terra. E não há outro: para se entrar no Reino e dele fazer parte é necessário identificar-se com alguma destas categorias; para nele caminhar, só percorrendo algum destes caminhos. As bem-aventuranças incluem toda a caminhada dos discípulos, desde o princípio até à perfeição final. Cada um a princípio vive mais uma ou outra bem-aventurança. Mas só se amadurece na vida cristã à medida que as vai percorrendo até que as viva todas.

Por isso, apesar de enunciar nove bem-aventuranças, elas são na realidade oito. Trata-se de um processo sapiencial em que embora se tenham anunciado nove coisas, depois se só se enunciam oito, acrescentando uma última, a nona, que as inclui todas (cf. Sir 25,7-11).

Oito é o número cristão, que, em vez do sete judaico (a perfeição), indica o dia que se segue ao tempo (7 dias da semana+1), o dia que jamais terá fim e que a todos engloba, ou seja, a eternidade. As bem- aventuranças são, pois, a visão e a vivência da eternidade já aqui na terra. A sua prática é explicitada pelo próprio Jesus no Sermão da Montanha e, em especial, no mandamento do amor (Mt 22,37-40).

Na realidade, as bem-aventuranças formam quatro pares, em que um dos membros mais tem mais a ver com o amor de Deus e o outro com o amor ao próximo, estando os dois membros inter-relacionados, fazendo-nos progredir assim, passo a passo, na santidade. Grosso modo, podem ser assim distribuídas:

BEM-AVENTURANÇAS

pobres – choram mansos – fome de justiça misericordiosos – puros pacíficos – perseguidos

 MANDAMENTO DO AMOR 

Amor a Deus, amor ao próximo Amor ao próximo, amor a Deus Amor ao próximo, amor a Deus Amor ao próximo, amor a Deus



Só no primeiro par, o amor a Deus aparece antes do amor ao próximo; nos restantes três pares é ao contrário, concluindo-se na nona com o amor a Deus. Vejamos agora cada bem-aventurança em particular.

Bem-aventurados os pobres em espírito. Estes pobres não são os ricos, nem os pobres com mentalidade de ricos, mas os que, como Jesus, vivem pobres (Sf 3,12; Mt 8,28; 2 Cor 8,9), acreditam no pobre (Mt 11, 25-26) e neles veem os primeiros destinatários da Boa Nova (cf. Lc 4, 18). São os que, por livre escolha, tudo deixaram para seguir o Mestre (Mt 19,27). Não são os autossuficientes, os orgulhosos que tudo medem segundo a sua própria capacidade e opinião, justiça e sucesso, educação e posses, classe social ou grupo, mas aqueles que se abrem a Deus, reconhecendo-se pecadores, necessitados da misericórdia divina (cf. Lc 18,9-14). São os que sabem que nada têm de próprio e que tudo o que possuem vem de Deus, é dom de Deus (cf. Lc 17,7-10; 1 Cor 4,7; Tg 1,17). Não querem, por isso, possuir nada só para si (Lc 21,13), mas partilhar tudo com os outros. Porque é tão necessário isto? Porque quando se pede algo ao rico, ele dá do que possui; mas o pobre, quando nada tem, dá-se a si mesmo. É o que acontece tantos jovens que, não tendo dinheiro, são generosos, dando-se a si mesmos. E é também o caso de tanta gente simples e de tantos idosos.

Esta pobreza voluntária e renúncia ao uso egoísta dos bens, ao orgulho e ostentação do que se possui (não só bens materiais, mas também a inteligência, temperamento, formação, conhecimentos, tempo...), para os pôr ao serviço dos outros, sobretudo dos mais pobres e necessitados, não é algo de facultativo, mas diz respeito a cada um dos discípulos de Jesus, que, tal como Ele, é chamado ao dom total de si mesmo, numa entrega, partilha e amor sem limites ou reservas. Daqui nasce uma pobreza íntima, uma humildade e verdade, fruto da presença do Espírito Santo, que acaba por se estender ao próximo através quer da compaixão, quer da mansidão.

Bem-aventurados os que choram. Deus não tem prazer em ver as pessoas a sofrer, nem é Ele que envia desventuras e tribulações. Nos profetas “os que choram” são os que não têm uma casa para habitar, campos para cultivar, que são obrigados a servir senhores sem escrúpulos, sofrendo injustiças, prepotências, humilhações (Is 61,2-7; Hb 5,7-9). Mas são também os que choram porque veem os outros sofrer (Rm 12,15) ou os que choram os seus próprios pecados (2 Cor 7,8-11); os que choram os pecados do seu Povo, porque veem que é por causa deles que sofre a ruína (cf. Is 22,4; Tb 13,14; Lc 19,41-44). Isto não é possível para quem vive fechado em si mesmo, tendo por fim o próprio bem-estar, mas apenas para os que têm um coração de pobre, que se sabem compadecer, mas também se sabem alegrar, porque são humildes. Por isso serão consolados, sabendo também nesta ocasião aproximar-se humildemente dos outros.

Bem-aventurados os mansos. Se a pobreza em espírito é a humildade em relação a Deus, a mansidão é a humildade em relação ao próximo. “Mansos” são aqueles que, privados dos seus direitos, dos seus bens, embora sem se resignar, suportam a injustiça, sem replicar, nem recorrer à violência (cf. Sl 37,11), sem abrir a boca (cf. Is 53,7-10), quebrar a cana rachada ou apagar a torcida que ainda fumega (cf. Is 42,3). São os que têm um coração de criança pequenina, os cansados e oprimidos, os únicos capazes de aprender do modelo mais genuíno de mansidão, Jesus, manso e humilde de coração (Mt 11,25-29). Os mansos não desanimam, nem cultivam ressentimentos, não se deixando vencer pela ira, pelo ódio ou pela vingança (cf. Nm 12,3; 1 Pd 2,33), porque não buscam a recompensa, o sucesso, o poder, a riqueza ou a vantagem pessoal. Por isso Jesus diz que eles “herdarão a terra”, o que quer dizer que não a possuem. Vazios assim do próprio interesse, põem os outros em primeiro lugar, são pacientes e dóceis, tudo fazendo para ir ao seu encontro (Tg 3,13-18; Rm 15,1-3), na prática da justiça.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça. Jesus fala não da justiça humana, mas da justiça de Deus, isto é, da sua vontade que tem o seu fundamento no amor a Ele e se traduz em relações fraternas e na compaixão pelo próximo, numa ordem e relacionamento fraterno em que todos, mesmo os mais pequenos, têm valor, voz e vez. Deus é justo, porque, não porque retribui conforme os méritos, mas porque, com o seu amor, “torna justos” aqueles que são maus; é justo porque não faz aceção de pessoas e “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2, 4). Para nós, a “justiça foi feita” quando o culpado foi punido; para Deus, a “justiça foi feita” quando o mau se tornou justo, quando o pequeno foi ouvido, quando o necessitado foi ajudado, quando o oprimido foi libertado. A justiça de Deus é sempre a salvação. Quem tem fome e sede da salvação do irmão, nela se empenha, põe em prática a misericórdia (cf. Lc 15,1- 32;19,1-10), saciando-se assim com a alegria, a paz e o amor de Deus.

Bem-aventurados os misericordiosos. A misericórdia de que Jesus fala não é a filantropia de quem distribui esmolas, mas antes imitação de Deus, que tem entranhas de misericórdia para com os pecadores e os que sofrem (cf. Ex 34, 6-7). Em hebraico “misericórdia” vem da palavra “rahum”, o útero materno, designando o conjunto de sentimentos, atitudes, palavras e gestos que uma mãe tem para com o fruto das suas entranhas. Na Bíblia, a misericórdia, mais do que um mero sentimento de compaixão e piedade, é ter um coração que vê a miséria dos outros e que age em favor de quem necessita, a fim de diminuir a sua dor (cf. Ex 22,26; Sl 112,4; Lc 1,54.72). Exemplo claro disto é o do samaritano que usou de misericórdia para com o homem agredido pelos bandidos (Lc 10,29-37) ou a parábola do juízo final (cf. Mt 25,31-46). Misericordioso é ainda aquele que, como Deus, perdoa as ofensas e faz o bem, mesmo aos inimigos, aos ingratos e maus (cf. Lc 6,35-38); é o que se reconcilia com o irmão (Mt 5,23-26), a fim de, tendo alcançado misericórdia, comparecer diante de Deus de coração puro.

Bem-aventurados os puros de coração. Puros (ou limpos) de coração são aqueles que agem com intenção sincera e leal, sem maldade duplicidade ou malícia, tentando enganar os outros, mas com simplicidade (cf. Gn 20,5; Sl 24,4; Is 1,16.25; Mt 15,17-20; 23,25-26). São os que procuram ter uma atitude e comportamento em tudo conforme à vontade de Deus, não cobiçando a mulher do próximo (Mt 5,28-30), mas rejeitando todos os ídolos (cf. Ez 36,25), mesmo o do dinheiro, que partilha com os pobres (cf. Lc 11,41) a fim de não terem dois senhores, mas amarem a Deus de coração puro, indiviso, fazendo o bem, sem aceção de pessoas (cf. Tt 1,15), não julgando ou guardando rancor aos outros (cf. Rm 2,1-3; Mt 5,21-26), mas neles vendo a Deus e vendo-os a eles com os olhos de Deus. Reconciliados com Deus, consigo mesmos e com os outros, eles vivem assim em profunda paz (cf. Sl 15,1-3;37,11;119,165), que irradiam à sua volta.

Bem-aventurados os que promovem a paz. Na Bíblia, a palavra “paz” (shalom) não significa apenas ausência de guerra; indica a harmonia com Deus, com os outros, consigo mesmo e com a criação; implica a justiça, a casa e o trabalho, a prosperidade, a educação e a saúde, a boa convivência (entre os irmãos e as nações) e a alegria do estar juntos. Numa palavra: é o bem-estar total. “Obreiros da paz” são, aqueles que se empenham para que isto seja cada vez mais possível para cada homem. “Bem-aventurado” é aquele que o faz sem recorrer à opressão ou coação, à violência ou uso das armas, empenhando-se em pôr fim às guerras e aos conflitos e levar os contendedores ao diálogo e à reconciliação. O promotor da paz, suporta o conflito, perdoa de coração ao irmão, faz o bem a quem fez mal, não procurando triunfar sobre os outros, mas que todos triunfem, promovendo a concórdia, o entendimento e a união fraterna (cf. Ef 4,3; Rm 14,16-20), não à maneira do mundo – através da violência, da opressão ou da imposição do próprio direito –, mas segundo o coração de Deus, que, porque é Pai, a ninguém exclui, pondo em primeiro lugar os interesses e o bem dos seus filhos. Por isso, só os construtores da paz serão chamados filhos de Deus, porque só assim é possível assemelhar-se a Ele.

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça. Jesus não ilude os seus discípulos, afirmando claramente que quem alinha do lado da justiça de Deus e se empenha no restabelecimento da paz, pagará, por amor, o preço do bem e da felicidade comum (cf. 2 Tm 3,12). Na mesma linha devem seguir os discípulos.

Bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. É a última bem-aventurança, que recapitula todas as outras. Os discípulos são os sucessores dos profetas, que são rejeitados pelo próprio povo e os homens, que, mentindo, os acusarão de todo o mal. Num mundo construído sobre o egoísmo, os interesses pessoais ou de fações e grupos, aqueles que desejam viver realmente ao jeito de Jesus o amor desinteressado, serão ridicularizados, difamados, insultados e perse- guidos. Poderão mesmo chegar a pagar com a própria vida a sua entrega, porque os opressores dão-se conta de que a sua ação livre e desinteressada ameaça a sua posição, toca as feridas, desmascara as mentiras e põe a descoberto as faltas; por isso, agridem-nos violentamente. Tal perseguição não é, porém, sinónimo de desaire, mas de sucesso. É a marca do verdadeiro discípulo de Jesus, sinal de que é um verdadeiro profeta, e motivo de alegria porque mostra que fez a escolha certa, aquela que está do lado de Deus, e que está a progredir no caminho do Evangelho, seguindo os passos de Jesus (Rm 12,14-21).

Partilha:

  • 1. Recorda os momentos em que te sentiste feliz na tua vida. A tua visão e ideal de felicidade são as mesmas de Jesus?
  • 2. É possível ser pobre e feliz ao mesmo tempo? Que tipo de felicidade buscam as pessoas do nosso tempo?
  • 3. Com que bem-aventurança te identificas mais? E menos?
  • 4. Como viveu Jesus as bem-aventuranças? Como as vivo eu e devo viver no meu dia-a-dia? De que maneira nisso Maria, que as encarnou na sua vida, me pode inspirar?

 

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