A Comunidade Ecuménica de Taizé promoveu o seu encontro europeu de final de ano em Riga, na Letónia. Participaram 103 participantes portugueses e ouvimos o testemunho de três a quem o DNPJ fez quatro perguntas sobre o encontro.

Com cerca de 15 mil jovens, reunidos entre 28 de dezembro 2016 e 1 de janeiro, o encontro teve como pano de fundo o difícil contexto que a Europa atualmente enfrenta e os participantes foram desafiados a deixar uma mensagem de paz e de reconciliação.

Sérgio Rodrigo Mendes, Porto

O Sérgio Rodrigo Mendes, da Diocese do Porto, já participou em 13 encontros de final de ano. Deixou a certeza que vai “participar enquanto puder”, ano após ano. De Riga trouxe a recordação e uma cidade “encantadora” e do encontro de jovens “confiança”.

– O que te marcou mais no Encontro Europeu de Taizé em Riga?
A organização nas paroquias e na cidade para nos acolher, o envolvimento dos políticos no encontro, a beleza da cidades.

– Fraternidade, acolhimento, partilha destacou-se nas palavras do Irmão Alois. O que te dizem os diversos apelos que foram feitos todas as noites?
Sim, é um aspeto que está sempre presente na Peregrinação da Confiança que Taizé promove no final de cada ano.

Este ano teve um carinho especial para com aqueles povos do Báltico que têm sofrido ao longo dos anos com a sua independência da URRS.

– O que destacas do acolhimento nas famílias e nas comunidades?
Foi muito caloroso o acolhimento na comunidade e na família de acolhimento estavam sempre a perguntar se queríamos algo para jantar como tinha corrido o nosso dia muito, muito calorosos.

– O que recordas mais da passagem de ano?
A oração pala Paz, a festa dos povos onde cada país canta e dança músicas típicas e o fogo no centro da cidade pela primeira vez fiquei numa paróquia no centro da cidade.

Carolina Fialho, Lisboa

A Carolina Fialho anda nestas andanças há menos tempo e a participação tem sido de dois em dois anos, desde o primeiro encontro de final de ano em 2012, em Roma. Depois foi a Praga em 2014 e este ano esteve num encontro “singular” em Riga que é para si uma cidade “vigorosa”. “Espero voltar a participar sempre que possível – como gosto de entrar num novo ano numa cidade diferente!”, adiantou a jovem da Benedita, na Diocese de Lisboa.

– O que te marcou mais no Encontro Europeu de Taizé em Riga?

Em Riga, a hospitalidade das famílias que nos acolheram foi incrível e inesperada, penso que pela maioria dos participantes. Bem sabemos que os países nórdicos são conhecidos por serem “países frios” em termos de emoções e relações interpessoais, mas tenho vindo a perceber que, de facto, é apenas um mito.

É uma cultura diferente da portuguesa, mas fomos acolhidos na maior simplicidade e amabilidade. Acho que é mesmo isto que faz um encontro – o inesperado que sempre se torna em algo tão especial e inesquecível.

– Fraternidade, acolhimento, partilha destacou-se nas palavras do Irmão Alois. O que te dizem os diversos apelos que foram feitos todas as noites?

A hospitalidade foi uma enorme surpresa. A família onde fiquei era também católica. Apesar de nem sempre serem presentes na comunidade católica de Riga e não conhecerem nada acerca de Taizé, sentiram a vontade de participar numa das orações e o feedback que nos deram foi muito positivo.

Numa das noites o irmão referia a vontade desta cidade em acolher o encontro, apesar de sentirem que as condições que tinham não eram as melhores. Letónia é um país pobre, o salário mínimo é menor que o de Portugal e algumas pessoas vivem em grandes dificuldades mas, ainda assim deram o seu nome para receber alguém em casa. Acho que isso mostra a presença de Deus naquele país que, apesar de pequeno e tão distante de nós, tem o seu valor especial.

Sinto que conseguimos chegar à população da cidade e deixar uma alegria que sei que irá permanecer nos corações dos habitantes de Riga.

– O que destacas do acolhimento nas famílias e nas comunidades?

A sua vontade de dar no meio da sua simplicidade. A paróquia e família onde fiquei era no centro de Riga mas algumas famílias viviam a 1h00 ou mais de transportes do centro. Ainda assim, aceitaram receber alguém.

Quando os transportes não eram suficientes, ofereciam-se para ir até à cidade levar os jovens para as atividades e, mesmo quando as horas de volta a casa eram tardias, apesar do cansaço, tinham sempre algo para oferecer ou um chá para aquecer.

 – O que recordas mais da passagem de ano?

Para mim, o começar um novo ano significa ter novos objetivos e vontades a cumprir. Começar um novo ano num país diferente e num ambiente de “festa dos povos” onde tantas nacionalidades, culturas e idades se juntam – como acontece nos encontros europeus depois da meia-noite – é um brinde extra ao ano novo! E como onde há um português, há festa… Quem no mundo não dança ao som do Malhão ou da Laurindinha?!

Recordo uma outra situação, já no dia 1 de Janeiro – uma jovem curiosa, guia turística na cidade de Riga que passou por nós na rua, perguntou se fazíamos parte do encontro e, quando respondemos que sim, pediu-nos que lhe falássemos sobre Taizé que, apesar de não conhecer, sentiu ser algo especial quando viu a cidade dela tão cheia da vida dos jovens.

Como referi antes, sinto mesmo que conseguimos chegar à população da cidade e deixar-lhes algo especial.

Armindo Pereira, Braga

Da diocese dos arcebispos, Braga, partiu Armindo Pereira que ainda só participou em sete encontros e também vai aderir à proposta dos monges de Taizé sempre que conseguir. O encontro em Riga foi “espectacular” e a cidade é “linda”.

– O que te marcou mais no Encontro Europeu de Taizé em Riga?
A família de acolhimento…era espetaculares.

– Fraternidade, acolhimento, partilha destacou-se nas palavras do Irmão Alois. O que te dizem os diversos apelos que foram feitos todas as noites?
Dizem bastante, e coloca-los em prática no dia-a-dia por vezes pode ser complicado

– O que destacas do acolhimento nas famílias e nas comunidades?
Correu tudo muito bem, desde o acolhimento aos portugueses até à paróquia e, por fim, a família

– O que recordas mais da passagem de ano?
A fraternidade… povos diferentes – de países com divergências politicas – a cantarem e dançarem juntos.

 

 

 

De Riga para Basileia, o encontro ruma para o centro da Europa

O próximo encontro europeu de final de ano da Comunidade Ecuménica de Taizé está agendado para a cidade de Basileia, na Suíça, de 28 de dezembro a 1 de janeiro de 2018, anunciou o prior da comunidade francesa.

“Depois de Valência, no sul da Europa, e de Riga no norte, iremos encontrar-nos mais no centro do continente. De 28 de dezembro de 2017 a 1 de janeiro de 2018, seremos acolhidos numa cidade situada junto às margens do rio Reno e na confluência de três nações diferentes, Suíça, França e Alemanha. Será na cidade de Basileia”, disse o irmão Alois.

 

Evening Prayer – Taizé European Meeting – Rīga 30|12|2016

Publicado por Taizé em Sexta-feira, 30 de Dezembro de 2016

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