A pastoral dos jovens, num artigo do padre Rui Alberto, está no livro «Portugal Católico – A beleza na diversidade» no 13.º capítulo sobre “Educar as novas e as velhas gerações”, com artigos também sobre os campos de férias católicos, ensino (EMRC, UCP), desporto e escuteiros.

O sacerdote Salesiano considera que “não é fácil” descrever a pastoral dos jovens em Portugal no início do século XXI: “Há poucos estudos científicos sistemáticos sobre o tema.”

“Correr-se pois o risco de cada um projetar a sua experiência pessoal do que é a pastoral dos jovens e supor que é representativa da realidade”, escreve, explicando que “com humildade” deixa pistas que permitam “sair” de “visões enviesadas”.

“A primeira ideia é que há pastoral dos jovens; logo a seguir surge uma segunda observação: não há coincidência entre o mundo atual dos jovens, a pastoral dos jovens que se faz e as estruturas organizativas de pastoral dos jovens”, desenvolve.

O padre Rui Alberto recorda que “há amplas faixas” de jovens que não têm qualquer contacto com a Igreja.

“As dificuldades em construir um retrato claro do que é a pastoral dos jovens em Portugal advém também do facto de alguns pressupostos culturais, teológicos e pastorais não estarem assumidos do mesmo modo por todos”, assinala.

No seu artigo, o sacerdote, doutorado em Teologia com especialidade em Pastoral Juvenil e Catequética, dá conta que existem também “alguns saltos de qualidade” que vão sendo dados, e enumera seis passagens que são necessárias terminando com a “mudança de destinatários”.

“A pastoral dos jovens […] tenta novos caminhos para encontrar todos os jovens, numa lógica de nova evangelização”, escreve o padre Rui Alberto.

O livro «Portugal Católico» tem 14 capítulos, que, simbolicamente, representam as 14 estações da Via-Sacra, as 14 Obras de Misericórdia, os 14 pilares da Colunata de Fátima, com diversos temas e autores, como: Eduardo Lourenço, Adriano Moreira, Guilherme d’Oliveira Martins, Manuel Braga da Cruz, Daniel Serrão, Walter Osswald, José Mattoso, Carlos Fiolhais, João César das Neves, Pedro Mexia, Henrique Leitão, Jorge Wemans, Bagão Félix, Fernando Santos.

Em cerca de 800 páginas, com  204 textos-síntese, de 190 autores, e muitas fotografias e gravuras, são abordados temas do âmbito da teologia, da pastoral, do eclesial, da medicina, da política, da justiça, da sociedade, do ambiente, da música, da arte, da comunicação social, do turismo, da educação, da solidariedade e do desporto.

No 12.º capítulo – “Universalizar a boa nova” –, Miguel da Câmara Machado e Paulo Cunha Matos escrevem sobre “A Missão País e os Núcleos de Estudantes Católicos – NEC”.

“Estudantes que, tomando consciência de que não estão sozinhos, vão ajudar o distante que está sozinho, partilhando as suas forças no serviço a outros, se percebem muito menos sós, junto dos mais próximos, nas suas faculdades”, explicam os autores sobre “duas faces Igreja jovem” nas universidades portuguesas.

O prefácio é da autoria do presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa; o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, escreveu um prelúdio; e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, assina o limiar.

O Papa Francisco recebeu uma edição especial a 20 de setembro, no Vaticano; A obra foi apresentada em Portugal esta terça-feira, na reitoria da Universidade de Lisboa.

Historiador José Eduardo Franco e o diretor do SNPC, José Carlos Seabra Pereira, apresentam ao Papa Francisco a obra “Portugal católico”, Vaticano, 20.9.2017 Foto em Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

A publicação tem o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian, da União das Misericórdias Portuguesas e da Santa Casa da Misericórdia do Porto.

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