D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa e coordenador geral para a área pastoral do Comité Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, afirmou hoje que a vida de Santo António “apresenta-se sempre como um itinerário de busca” para os jovens, na Missa na igreja dedicada ao santo franciscano em Lisboa.

“Aos jovens de hoje, Santo António apresenta-se, tal como eles, como um «santo com o coração inquieto». Também ele na sua juventude estava constantemente à procura das novidades que o Senhor lhe pudesse indicar na escuta da Palavra”, disse D. Joaquim Mendes.

“A sua vida apresenta-se sempre como um itinerário de busca”

O bispo auxiliar de Lisboa, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família que acompanha a pastoral juvenil e universitária, explicou na homilia que ao “contemplar, hoje, a figura de Santo António”, faz duas perguntas. A primeira: «O que é que tem para dizer Santo António, com a sua vida e testemunho, aos jovens do nosso tempo? Aos jovens que sonham e preparam a JMJ 2023?»

“António de Lisboa brilha no céu como fúlgida estrela que pode ser guia e testemunho. Na sua pessoa, no seu caminho espiritual e na sua aventura de pregador e mestre, vemos a capacidade de colocar Deus e os irmãos em primeiro lugar e de lhes entregar a plenitude do que se é”, explicou D. Joaquim Mendes.

O coordenador geral para a área pastoral do COL da JMJ Lisboa 2023 assinalou que Santo António é um “exemplo tão belo e luminoso” para os jovens, na homilia divulgada pelo Patriarcado de Lisboa.

“Como somos abençoados em poder acolher os jovens do mundo inteiro na próxima Jornada Mundial da Juventude com a palavra e o abraço deste grande santo!”

D. Joaquim Mendes lembrou que o santo português em jovem “tinha uma vida segura e tudo o que poderia desejar alguém para ser reconhecido no seu tempo” – “É culto, recém-ordenado sacerdote, com um futuro prometedor num dos maiores centros culturais da Europa” – mas “tudo isto não acalma a sua inquietação” e fez-se frade menor (Franciscano), imitando o Pobrezinho de Assis”.

Da porta da igreja de Santo António de Lisboa, o bispo auxiliar de Lisboa abençoou com relíquia de Santo António a capital portuguesa, Portugal e o mundo.

Foto Igreja de Santo António de Lisboa (Facebook)

 

“Como Santo António, também nós, os crentes deste tempo, e todos os jovens que prepararam a JMJ 2023, sejamos dóceis ao Espírito Santo e, com as palavras e com a vida, na total disponibilidade do coração, sejamos capazes de repetir como Santo António: “Faz, Senhor, que a minha língua dispare como uma flecha para proclamar as Tuas maravilhas”, as maravilhas do Teu amor!” – D. Joaquim Mendes

O santo franciscano nasceu em Lisboa, em 1195, perto da Sé e foi batizado com o nome de Fernando de Bulhões; Entrou no mosteiro agostiniano de São Vicente, onde viveu durante dois anos antes de integrar a comunidade de Coimbra.

– Em setembro de 1220, Fernando foi para os Franciscanos, onde assumiu o nome de António, em Itália foi pregador e primeiro professor de Teologia da Ordem Franciscana.

– Faleceu a 13 de junho de 1231 e foi sepultado em Pádua (Itália); O Papa Gregório IX canonizou-o, a 30 de maio de 1232, e o Papa Pio XII proclamou-o como “doutor da igreja universal”, com o título de ‘Doctor Evangelicus’ (Doutor Evangélico), em 1946.

 

[Fotos Facebook da Igreja de Santo António de Lisboa]

 

Foto JMJ 2019 Panamá

O Comité Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude 2023 é presidido pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que nomeou como coordenadores-gerais dois bispos auxiliares: D. Joaquim Mendes para a área pastoral e D. Américo Aguiar para o setor logístico-operativo

O anúncio que Portugal organiza a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude foi feito pelo Vaticano, a 27 de janeiro de 2019, no final da JMJ Panamá.

No dia 20 de abril deste ano (2020), o Vaticano anunciou que a JMJ Lisboa 2022 foi adiada para agosto de 2023, por causa da crise originada pela pandemia do coronavírus Covid-19.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude; Realiza-se, anualmente, a nível local (diocesano) no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade.

 

 

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