O primeiro encontro do Conselho Nacional da Pastoral Juvenil (CNPJ) de 2015 contou com o contributo de dois monges da Comunidade Ecuménica de Taizé – Ir. David e o Ir. Alcides – para partilhar e refletir sobre o lugar de Taizé na vida dos jovens.
A intervenção do Ir. David realçou o tema “Quatro propostas para procurar a comunhão visível de todos os que amam Cristo”
«Em Taizé, somos, sobretudo, uma comunidade de irmãos; partilhamos o pouco que aprendemos do Evangelho e partilhamo-lo com os outros», disse.
2015 é um ano especial de Jubileu para a comunidade. 75 anos da fundação da comunidade (1940, durante a guerra). O ir. Roger, com 25 anos, compreendeu que como cristãos não podemos pactuar com a guerra, mas somos chamados a testemunhar o amor e a paz. Tinha 25 anos!
«Não queremos celebrar este Jubileu a olhar para trás, mas a olhar para a frente. Pegar na herança que recebemos e decidir o que queremos fazer com ela neste tempo. Como é que nós, hoje, acolhemos esta herança e a podemos frutificar?», referiu o único irmão português em Taize.
P Ir. Aloïs publicou uma carta “Rumo a uma nova solidariedade” que nos ajuda a refletir sobre como é que podemos avançar rumo a uma nova solidariedade: comunhão com Deus e com o próximo. Pedir pela paz não fugindo do mundo. Vida de comunhão com Deus, vida de solidariedade. Esta não é um dado só do passado; somos convidados v a procurar novas formas de solidariedade, para sermos capazes de viver um novo impulso no dia-a-dia.
Os irmãos de Taizé não têm receitas ou soluções; procuram partilhar o que vai acontecendo neles mesmos. “Não temos a vocação de vos dar respostas sobre tudo, mas aproveitar o facto de termos jovens junto de nós e espalhar esta mensagem por todo o mundo” (Ir. Alois). Queremos, também, aproveitar os meios que hoje temos à disposição.
Nesta carta em forma de caminho de 3 anos, o Ir. Alois propõe 3 etapas: a) 2012: A confiança entre as pessoas: como é que vivemos uns com os outros em sociedade b) 2013: A confiança em Deus (coincidiu com o ano da fé) c) 2014: Procurar a comunhão visível entre todos os que crêem em Cristo; comunhão concreta
A experiência que os jovens fazem nestes encontros de Taizé é uma experiência isolada, mesmo que forte. Como é que nós podemos desafiar os jovens a fazer deste encontro uma caminhada no dia-a-dia, com atitudes concretas ─ é o nosso desafio hoje: a comunhão visível de todos os que amam Cristo.
Em relação às 4 propostas o Irmão inúmera:
1. Juntar-se à comunidade local que reza. Pastoral local: escutar os jovens e discernir/acolher o que eles podem trazer à comunidade; sensibilizar os mais velhos
2. Alargar a amizade para lá das fronteiras que nos prendem. Pastoral local: ajudar os jovens a encontrar situações em que a solidariedade é possível.
3. Partilhar e rezar regularmente com outras pessoas (rezar em ambientes em que os jovens se sintam mais à vontade, em que possam ser eles mesmos; em Taizé: oração acolhedora e não de grupos fechados ou “habitues”). Pastoral local: promover grupos de partilha e de oração; permanecer abertos e acolhedores para todos
4. Tornar mais possível a comunhão de todos os que acreditam em Cristo. Pastoral local: interação pastoral com cristãos de outras confissões; não fazer nada sem ter os outros em conta.
Ainda se falou no Projetar Fátima Jovem 2015; Projetar IV Jornadas Nacionais da Pastoral Juvenil; YOUthTRAVEL; Festival Jota; Encontro Europeu de jovens em Ávila;
2016: Rumo a Cracóvia 2016 (oração, logótipo, hino…);
2017: Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima;
A presidência d do CNPJ foi de D. Joaquim Mendes, membro da Comissão Episcopal do Laicado e Família, onde houve ainda a “ressonância” das últimas atividades do DNPJ: Jornadas Missionárias/III Jornadas Nacionais da Pastoral Juvenil; XVI FEJ; X Festival Nacional jovem da Canção Mensagem; IV Congresso Europeu de Pastoral Juvenil e um olhar sobre o Ano da Vida Consagrada.