O Papa Francisco nomeou hoje como bispo auxiliar de Lisboa D. Américo Aguiar, até agora presidente do Conselho de Gerência da Renascença e diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.

O novo bispo vai ser um dos responsáveis pela organização da Jornada Mundial da Juventude 2022, que Portugal vai receber em Lisboa, com D. Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, num Comité Organizador Local, presidido pelo Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

E a Jornada Mundial da Juventude. Como bispo auxiliar de Lisboa vai ficar responsável pela organização?

– Eu e o senhor D. Joaquim Mendes seremos parte dessa estrutura primeira de responsabilidade na organização da Jornada Mundial da Juventude que, tal como diz o senhor Patriarca de Lisboa, será dos jovens, pelos jovens e para os jovens. Nós, os velhos, os jovens há mais tempo, a nossa obrigação é criar as condições para que ela aconteça. Agora, o preenchimento da jornada propriamente dita, será uma tarefa dos jovens, de Lisboa, do país inteiro e do mundo inteiro.

A Jornada Mundial da Juventude não é um acontecimento que seja propriedade de alguém: é iniciativa do Papa, que a entrega operacionalmente a uma diocese e a partir daí é um evento para o mundo inteiro. Também gostava de dizer que o mais importante da jornada não é a jornada (e peço desculpa a quem fica desiludido…). O mais importante é a preparação da jornada e depois o que se segue à jornada. Porque o evento propriamente dito não é, de facto, o mais importante.

 Que é “um desafio do tamanho da Torre dos Clérigos”, como afirmou na mensagem que hoje mesmo foi divulgada…

– É verdade! Já participei em algumas jornadas, em Sidney e em Cracóvia e agora no Panamá, onde estive em novembro do ano passado e agora em janeiro, e tenho plena consciência que é um desafio que nos ultrapassa e que nos esmaga, completamente! Ninguém tenha a veleidade de afirmar que está à altura do desafio se pensar realizá-lo sozinho. O senhor arcebispo do Panamá, que tinha expressões muito divertidas que havemos de lembrar no futuro próximo, dizia que somos todos distintos, mas não somos distantes. Ou seja, há de ser na diferença de cada um, nas capacidades de cada um que conseguiremos constituir uma equipa, transversal no território nacional, no que significam todas as nossas dioceses, obviamente com o núcleo duro e operacional em Lisboa, mas só seremos capazes de vencer – e vamos ser capazes de vencer, como é obvio! Vamos organizar a melhor Jornada Mundial da Juventude de sempre, como acontece nos Jogos Olímpicos! – se nos sentirmos corresponsáveis. Ninguém está dispensado! Isto é como no Tintim: é dos 8 aos 80.

Como será essa dupla liderança na organização da Jornada?

– A estrutura está pré-definida: existe o COL, o Comité Organizador Local, a que preside o senhor patriarca de Lisboa, e que tem dois “pulmões”: o senhor D. Joaquim Mendes e eu. Um tem uma área mais pastoral e outro uma área mais executiva, logística. E há de ser neste encontro permanente do respirar destes dois pulmões…

A sua será mais logística?

– Exatamente. Depois, este COL subdivide-se em sete áreas; e essas sete em 21. Vai ser preciso muito braço, muito coração e muita dedicação.

Natural da Diocese do Porto, D. Américo Aguiar nasceu a 12 de dezembro de 1973 e foi ordenado sacerdote em 2001; é presidente da Irmandade dos Clérigos desde 2011 e, desde 2016, presidente das empresas do Grupo Renascença Multimédia e diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais

A ordenação episcopal vai decorrer no dia 31 de março, na igreja da Trindade, no Porto.

[Informação do site da Agência Ecclesia, entrevista completa em: https://agencia.ecclesia.pt/portal/entrevista-d-americo-aguiar-foi-eleito-bispo-com-a-jornada-mundial-da-juventude-em-lisboa-no-horizonte; Foto Patriarcado de Lisboa]

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