Ludimila Silva
Jovens Sem Fronteiras
Há um ano atrás estava a viver uma das melhoras experiências da minha vida, as Jornadas Mundiais da Juventude.
As JMJ foram um renascer de uma fé que já estava a ficar meia adormecida. Poder partilhar a mesma fé e a mesma comunhão com milhares jovens foi fantástico. Fui acolhida por uma família polaca que foi, para mim, um verdadeiro testemunho de amor e de fé.
Pertenço a um grupo de jovens missionário, JSF [Jovens Sem Fronteiras]. Já tive experiências missionárias em Portugal, tanto na minha paróquia (Missão Viver a Páscoa), como em outras paróquias com outros jovens do movimento (semanas missionárias) que foram experiências muito enriquecedoras tanto a nível pessoal como na fé. Mas também sempre senti a vontade de ir mais além, porque soube-me sempre a pouco, embora às vezes o “pouco” seja suficiente.
Os JSF têm um projeto de voluntariado missionário internacional de curta duração, o projeto ‘Ponte’, um mês de missão num país PALOP ou Brasil. Eu já desejava fazer esse projeto, mas faltava ali um “click”.
Esse “click” deu-se nas JMJ 2016, com o testemunho do Papa Francisco. O Papa Francisco fez um contive aos jovens de abraçarem a missão, de serem missionários, levarem o evangelho aos confins do mundo e sem medo.
Recordo-me da vigília de sábado e da Eucaristia de domingo como se fosse hoje. Foi uma emoção que não dá para explicar. Foi um misto de sentimentos, cada palavra do Santo Padre transmitia o amor de Cristo: “Queridos jovens, escutai dentro de vós: Cristo bate à porta do vosso coração”.
É esse mesmo amor que me faz ser missionaria, quero que todos possam sentir esse amor, sejam os que estão mais perto ou os que estão mais longe.
É isso que me fez acolher esta missão de ir para a Calheta de São Miguel, Cabo Verde, durante este mês de agosto, levar para os outros a alegria que tenho recebido livremente de Deus. “A alegria que tens recebido livremente de Deus, livremente doe-a: muitas pessoas esperam por isso”.
Com esta missão espero conseguir ser e ver o rosto de Cristo em tudo e todos, e continuar a missão cá quando voltar em setembro, porque a missão não é só partir.
Ludimila Silva, 21 anos
Grupo «Jovens Sem Fronteiras»
Paróquia de Monte-Abraão, Patriarcado de Lisboa
Ludimila Silva com a família polaca na JMJ 2016
