Em entrevista à Agência ECCLESIA, integrada no Dia Internacional da Família, que hoje se assinala, a psicóloga realça a importância de “recapacitar” as famílias “para uma boa educação humana” dos filhos, “sem a qual não é possível avançar para a formação na fé”.
“Em Portugal já temos 14 grupos envolvidos e apesar desta experiência estar aberta há pouco tempo, os pais estão muito contentes e as crianças têm reagido de uma forma bastante positiva”, avança a actual responsável pelo departamento de catequese do SNEC.
Cristina Sá Carvalho esteve em Roma para participar no Congresso Europeu de Catequese, durante a última semana, onde foram apresentados os resultados de um inquérito sobre a realidade da educação cristã no Velho Continente.
O encontro, dedicado ao tema ‘Iniciação cristã na perspetiva da nova evangelização’, foi preparado pela Comissão ‘Catequese, escola e universidade’ do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), presidida pelo arcebispo de Westminster (Inglaterra) e presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, D. Vincent Nichols.
Para além de reforçar a importância estratégica de “comunidades marcadas por valores humanos mais declarados e profundos”, o estudo, que envolveu 11 dos 27 países da União Europeia, incluindo Portugal, valorizou “muito” o papel dos catequistas.
Os adultos que colaboram nesta área funcionam como uma “referência” para crianças, adolescentes e jovens, mas as suas palavras devem ser sempre suportadas por uma autêntica “caminhada de fé”.
Quando os mais novos se apercebem da “qualidade humana e cristã da pessoa que está na sua frente, eles “deixam-se converter e liderar”, sustenta Cristina Sá Carvalho.
O inquérito, que mostrou uma “grande homogeneidade” ao nível das respostas dos vários países, revelou também a necessidade de fomentar encontros entre os diversos grupos de catequese.
“É importante que os mais novos percebam que há outros a fazer o mesmo caminho”, complementa a responsável do SNEC.
O Dia Internacional da Família foi instituído pela Organização das Nações Unidas em 1993 e coloca este ano em destaque a importância de “assegurar o equilíbrio entre o trabalho e a família”.