O congresso com o lema “Juntos nos caminhos da Europa” pretendem fomentar o encontro de reflexão comum entre os responsáveis nacionais da pastoral juvenil, e reconhecer juntos os desafios que se colocam ao trabalho de acompanhamento dos jovens no continente europeu.

“Evangelii Gaudium: Deixemo-nos interpelar pela alegria do Evangelho” foi o tema desta sexta-feira, 12 de dezembro, que procurou novos caminhos para o ministério de jovens na sequência da revolução de Papa Francisco e da sua exortação apostólica.

O Congresso começou a 11 de dezembro e o dia foi dedicado ao tema “Os jovens e a Igreja na Europa”: Um olhar sobre a realidade dos jovens na Europa, e a sua busca por Jesus Cristo e a resposta da Igreja.

Os participantes foram acolhidos pelo presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, o cardeal Stanislaw Rylko, e o vice-presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa e presidente da Conferência Episcopal Italiana, cardeal Angelo Bagnasco.

O Papa Francisco associou-se ao IV Congresso Europeu de Pastoral Juvenil e aos seus participantes com uma mensagem onde delineou os contornos da pastoral juvenil hoje.

“Os jovens precisam deste serviço: de adultos e contemporâneos maduros na fé que os acompanhem no seu percurso, ajudando-os a encontrar o caminho que conduz a Cristo. Mais do que na promoção de uma série de atividades para os jovens, esta pastoral consiste em caminhar com eles, acompanhando-os pessoalmente nos contextos complexos e, por vezes, difíceis em que se encontram.

A pastoral juvenil é chamada a acolher as questões dos jovens de hoje e a partir delas, a iniciar um diálogo verdadeiro e honesto para levar Cristo à sua vida. E um diálogo verdadeiro neste sentido pode ser feito por quem vive uma relação pessoal com o Senhor Jesus, que sobressai na relação com os irmãos”.

Estão presentes delegações das conferências episcopais de 32 países europeus entre os quais Portugal, o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Puvenil, Pe. Eduardo Novo.

Estão ainda representados cerca de vinte movimentos, associações ou comunidades católicas internacionais, num total de cerca de 150 participantes.

“Estais juntos para criar uma rede de conhecimentos e de amizade a nível europeu, através da qual os responsáveis da pastoral juvenil do continente possam partilhar as experiências feitas no terreno e as questões que daí surgem: sabemos bem que há muito a fazer”, escreveu ainda Francisco.

“Propor aos jovens um caminho de discernimento vocacional”, é um trabalho que a pastoral juvenil deve fazer, assinalou o Papa no contexto do Ano da Vida Consagrada, que termina a 2 de fevereiro de 2016.

Depois de uns anos de reorganização, o IV Congresso Europeu de Pastoral Juvenil, com o tema “A Igreja jovem, testemunha da alegria do Evangelho”, tomando o caminho da Evangelii Gaudium, pretende retomar a prática de encontro e cooperação entre agentes de pastoral da juventude que se desenvolveu na Europa ao longo dos anos noventa.

O último congresso europeu de pastoral juvenil interrogou-se sobre o tema “Quais são os cristãos para o ano 2000?. Um projeto de vida para os jovens, o congresso explorou os diversos aspetos da educação para a fé dos jovens numa europa em rápida mudança.

Este encontro contou com a presença de um responsável juvenil e de um jovem de cada conferência episcopal ou associação eclesial, em Paderbon, Alemanha, em 1998.

O segundo congresso destes agentes da pastoral, em 1995, deu-se imediatamente após a peregrinação dos jovens da Europa, com o Papa São João Paulo II, a Loreto, Itália.

Para além dos jovens das conferências episcopais participaram também os responsáveis dos jovens dos patriarcados das Igrejas Ortodoxas da Rússia e Roménia. Os trabalhos estiveram centrados na identidade dos jovens europeus e nas suas expectativas em relação à Igreja.

O primeiro congresso foi realizado em Roma, Itália, em 1994, e surgiu como resposta ao desejo que interpelava que os jovens fossem os evangelizadores da novas gerações da Europa para recuperar a herança cristã da Europa com toda a sua tradição de peregrinações.

Estas motivações surgiram de muitos agentes de Pastoral juvenil e da declaração final da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos da Europa de 1991.

 

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