A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, em Lisboa, apresentou hoje o logotipo do próximo encontro internacional de jovens católicos, inspirado pelos traços da cultura e religiosidade portuguesas, desenhado pela portuguesa Beatriz Roque Antunes.
O novo logo da JMJ, inspirado no tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39), proposto pelo Papa, tem como elementos centrais a Cruz, atravessada por um caminho onde surge o Espírito Santo, e a figura da Virgem, acompanhada pela referência à oração do Rosário.
As cores escolhidas (verde, vermelho e amarelo) evocam a bandeira portuguesa.
A proposta vencedora foi escolhida num concurso internacional promovido pelo Comité Organizador Local (COL), que contou com a participação de centenas de candidatos, provenientes de 30 países dos cinco continentes”.
Beatriz Roque Antunes, jovem designer portuguesa de 24 anos, estudou Design em Londres e na Faculdade de Belas Artes de Lisboa; atualmente trabalha numa agência de comunicação, na capital portuguesa.
A diretora de arte apresenta-se num vídeo, divulgado pelo COL, onde confessa a ansiedade por saber o resultado do concurso: “Há várias semanas andava a querer muito que o telefonema acontecesse”.
A ideia de concorrer nasceu ao acompanhar a irmã e um grupo de amigos na construção de uma proposta para o hino da JMJ 2023.
A designer fez uma análise dos logos das edições anteriores, a começar pela Cruz, “atravessada por um caminho”.
A inspiração central parte do tema proposto pelo Papa Francisco, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1, 39) relativa à visita da Virgem Maria à sua prima, Santa Isabel, mãe de São João Batista, durante a gravidez de ambas.
“Esta decisão de Maria de ir visitar a sua prima Isabel é muito inspiradora, porque Maria não se acomoda. É esse o convite aos jovens: que não se acomodem, que se levantem, que façam acontecer, que construam e não deixem o destino do mundo nas mãos dos outros”, diz Beatriz Roque Antunes.
A vencedora do concurso que elegeu o logo da JMJ 2023 fala ainda da opção por apresentar uma Cruz atravessada por um caminho onde surge o Espírito Santo, elemento de “dinâmica”, a que se somou o terço, nas “cores de Portugal”, e a figura da Virgem Maria.
O percurso, assinala, começa na sigla da JMJ porque “o caminho não acaba na Jornada”.
O lançamento da imagem do encontro internacional de Lisboa decorreu num evento digital, transmitido através das páginas da JMJ no Facebook (disponível em 22 idiomas) e Youtube; também hoje foi lançado o site da JMJ 2023, disponível em www.lisboa2023.org.
A triagem inicial dos trabalhos foi feita por uma equipa de académicos da Universidade Católica Portuguesa que selecionou 21 propostas; estas foram depois avaliadas por profissionais da área do marketing e da comunicação, provenientes de agências de comunicação presentes em Portugal, que elegeram três finalistas.
A decisão final coube ao Vaticano, através do Dicastério para os Leigos, Família e Vida.
A escolha de Lisboa como primeira cidade portuguesa a acolher uma edição internacional da JMJ aconteceu a 27 de janeiro de 2019, no Panamá.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
[Fontes e fotos: Agência Ecclesia;]