Quem já está por cá prepara uma surpresa a quem vai chegar. Hoje, dia 17, vamos chegar ao local de alojamento no Arouca Barra Club, Av. das Américas, 2300 – Barra da Tijuca, e o acolhimento vai ser de ritmo.

Amanhã, dia 18, os jovens portugueses vão até à paróquia de Nossa Senhora de Fátima, uma réplica do nosso Santuário, onde o Arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani Tempesta, vai reunir com todos os elementos do clero presentes nas JMJ para receber os símbolos das JMJ. A Cruz e o Icone de Nossa Senhora vai ser acolhida também pelos jovens portugueses num ambiente que vai parecer muito familiar.

Tarde Cultural

Depois de reforçados com o Almoço os Jovens vão ter a oportunidade de ir visitar as obras do Vaticano. A exposição ‘A Herança do Sagrado: obras-primas do Vaticano e de museus italianos’ está aberta ao público. A mostra é o principal projecto cultural da JMJ Rio2013, e está no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA).

A mostra tem 105 peças, com a maior parte delas de Ticiano, Guido Reni e Leonardo da Vinci. Muitas dessas obras nunca saíram da Itália. A primeira exposição da JMJ foi em 1993, e desde então, o Vaticano envia obras de arte e peças sacras aos países sedes do evento.

O terreno, em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, tem uma área total de 1,3 milhões de metros quadrados e está dividido em 22 lotes.

Cada uma destas áreas equivale, em média, a sete campos do famoso estádio de futebol Maracanã e contam com 32 “ilhas de serviço”.

Estes espaços têm áreas de restauração, casa de banho, torre de vigilância e bebedouros, onde os peregrinos podem, também, comprar produtos oficiais da Jornada Mundial da Juventude.

O objetivo é que os peregrinos não precisem de se deslocar entre os vários lotes quando precisarem destes serviços.

Devido à sua extensão e ao número de pessoas presentes, este “Campo da Fé” contará, ainda, com 33 ecrãs gigantes para o público.

Cada área, para além de estar limitada por grades de proteção terá várias saídas, com cerca de 40 metros de largura, todas sinalizadas com placas, que possibilitarão a entrada e saída dos peregrinos “com segurança e tranquilidade”, adianta a organização.

O palco, onde estará o Papa Francisco, tem 75 metros de largura e 68 metros de profundidade com capacidade para 750 convidados e um elevador das sacristias ao altar.

Neste momento, estão a ultimar-se os preparativos e os vários elementos já estão quase todos montados.

Deste conjunto fazem parte uma cruz de 33 metros de altura, duas estruturas de ferro que lembram a posição de mãos em oração em direção ao céu, três colunas com as palavras – “amizade”, “amor”, “união” – e torres de ferro que contornam o palco, inspiradas nas catedrais góticas, e que remetem para um órgão de tubos.

Os operários estão divididos pelo terreno a trabalhar em múltiplas frentes, “seja na montagem do palco e do “Media Center”, seja na colocação das grades dos lotes ou na operação de máquinas e camiões”, acrescenta a organização.

“É um megaevento. Então, isso para nós só nos engrandece no trabalho, sabendo que, de alguma forma, a gente contribuiu um pouquinho para o Papa fazer um ótimo evento”, adianta Marco Antônio Silveira, responsável pela montagem.

No Campo da Fé, para os quatro atos finais, são esperados cerca de dois milhões de pessoas.

Este local contará com a vigília de oração, no dia 27 de julho, com a presença do Papa Francisco e onde os jovens permanecerão, depois do Pontífice sair, até à meia-noite em oração.

Na manhã do 28 de julho, a missa final, a partir das 10h00, é precedida, durante três horas, de apresentações musicais e da oração das Laudes.

No final da eucaristia, o Papa Francisco anuncia o local que receberá a próxima Jornada Mundial da Juventude.

A 28ª Jornada Mundial da Juventude vai decorrer entre 23 e 28 de julho na cidade brasileira do Rio de Janeiro e tem como lema ‘Ide e fazei discípulos de todos os povos’, expressão baseada no evangelho segundo São Mateus.

Esta será a segunda vez que uma cidade sul-americana acolhe a edição internacional da JMJ, depois de Buenos Aires (Argentina), em 1987, na primeira ocasião em que a iniciativa criada por João Paulo II (1920-2005) saiu de Roma.

O Papa Francisco vai participar nos atos conclusivos deste encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, naquela que será a sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início do pontificado.

O álbum intitulado “No coração da Jornada” tem a assinatura da editora Sony Music Portugal, que em comunicado enviado à Agência ECCLESIA sublinha que o projeto “inclui 26 dos maiores nomes da música religiosa no Brasil”.

Entre outros intérpretes, destaque para a participação dos padres Marcelo Rossi, Omar Raposo e Fábio de Melo, bem como de Márcio Pacheco, missionário Shalom, e da irmã Kelly Patrícia.

Constituído por 15 faixas com “um toque de música latina”, o CD oficial das JMJ2013 tem para oferecer ao público em geral “um repertório contextualizado que contribui para o desenvolvimento da fé e do louvor a Deus”.

Além de um tema inédito em homenagem ao Papa Francisco, “Seja Bem-Vindo”, composto pelo padre Fábio de Melo, está também incluído no alinhamento o hino das jornadas, “Esperança do Amanhecer”, interpretado por Adriana Arydes, Eliana Ribeiro, Guilherme de Sá, Lenadro Souza, Olivia Ferreira e Walmir Alencar.

As gravações decorreram nos estúdios da MZA Music, sob a direção artística de Marco Mazzola, produtor que já trabalhou com músicos consagrados como Chico Buarque, Elis Regina, Caetano Veloso e Gal Costa, e contaram com a colaboração de mais 60 músicos, 27 compositores e também de um coro com 24 vozes.

A 28ª Jornada Mundial da Juventude vai decorrer entre 23 e 28 de julho na cidade brasileira do Rio de Janeiro e tem como lema ‘Ide e fazei discípulos de todos os povos’, expressão baseada no evangelho segundo São Mateus.

No total, a iniciativa deverá contar com mais de dois milhões de jovens, entre os quais cerca de 500 portugueses, acompanhados por mais de 60 voluntários e também 9 bispos, das dioceses de Viseu, Portalegre-Castelo Branco, Bragança-Miranda, Beja, Lisboa, Coimbra, Guarda e Braga.

O Papa Francisco vai participar nos atos conclusivos deste encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, naquela que será a sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início do pontificado.

“Eu identifico-me verdadeiramente com esta ideia de estar ao serviço do outro, neste caso específico, ao serviço dos outros, da Igreja e ao serviço do Papa Francisco”, explica, em declarações ao programa ECCLESIA de hoje, transmitido na Antena1 da Rádio Pública (22h45),.

Com 35 anos, a historiadora natural da Diocese de Lisboa diz que o voluntariado e os projetos de solidariedade têm marcado o seu percurso de vida e este é o seu registo preferido.

Este ano parte para um contexto diferente e que não domina mas com o qual encontra afinidades: “É um país com o qual quase todos nos identificamos e está muito ligado à nossa história e à nossa cultura, portanto eu acho que vai ser uma experiência bastante calorosa e recompensadora a vários níveis”.

“O Rio de Janeiro é um desafio um bocadinho maior, nunca lá estive, e espera-se que o evento seja diferente porque é na América do Sul e os são conhecidos pela sua maneira especial de estar perante a vida e, também, perante a religião, penso que vai ser completamente diferente”, acrescenta.

Joana Pinho pretende “efetivamente” fazer uma experiência de serviço, por isso, tal como em Madrid, sabe que não está na Jornada Mundial de Juventude para fazer turismo mas para estar sempre disponível.

“A comunicação com os voluntários no Rio de Janeiro é diferente e penso que a própria organização tem muito mais consciência do que é o papel do voluntário”, assinala.

A voluntária, gostava de ver o Papa ou de, pelo menos, “estar próxima dele” e o programa da JMJ prevê que Francisco se encontre com todos os voluntários, na tarde do dia 28.

“Vamos ver se vai ser possível por questões de logística, de deslocação do sítio onde vai ser a missa de encerramento até ao local onde se vai encontrar com os voluntários mas espero que sim”, conclui.