Caros amigos, escrevemo-vos, a meio da Jornada Mundial da Juventude, para dizer, em primeiro lugar, da alegria de viver convosco estas Jornadas.

Temos plena consciência das dificuldades de muitos grupos, sobretudo dos que estão mais afastados de Cracóvia e com escassos transportes, obrigando a uma disciplina férrea nos horários e à redução das horas de sono, com as consequentes limitações na participação nos eventos ou no tempo disponível para conhecer e viver a cidade. Contamos com todos para ajudarem os jovens a superar da melhor forma possível estes obstáculos e a viverem as JMJ como um tempo de graça e de experiência de Igreja.

Ficamos também muito felizes pela solidariedade manifestada entre grupos e responsáveis diocesanos, que tem permitido ultrapassar algumas destas dificuldades.

Escrevemo-vos, em segundo lugar, a propósito da LusoFesta, que decorreu ontem no Ice Cracow. Como todos sabem e foi partilhado antes de virmos para Cracóvia, houve grandes dificuldades em conseguir um espaço em Cracóvia para um grupo tão grande como o dos portugueses e sempre foi objectivo do DNPJ, como falámos também em Conselho Nacional da Pastoral Juvenil, de a posse ou não do kit não ser impeditivo da participação na LusoFesta.

O Ice Cracow só foi conseguido graças ao intermédio da Biedronka, com a consciência do limite dos lugares sentados (2600) mas com o acordo tácito da possibilidade de incluir os restantes jovens, sentando-os no chão. Neste aspecto, fomos surpreendidos, no próprio dia da LusoFesta (ontem), com a rigidez extrema da segurança – do próprio centro de congressos – que, face aos recentes atentados terroristas, se recusou terminantemente a aceitar que houvesse mais jovens para além dos 2600 ou em poder substituir os que saíssem, apesar da nossa insistência e pedidos em contrário.

Esta rigidez fez com que, infelizmente, um número ainda significativo de jovens não conseguisse entrar no pavilhão e participar na LusoFesta. Percebemos, por isso, o desalento de alguns de vós, e creiam, de coração, que é em primeiro lugar a nós que nos entristece o facto de nem todos poderem ter usufruído da festa dos portugueses, que procurámos preparar com tanto cuidado para todos.

Por isso, pedimos publicamente desculpa, no fim da LusoFesta, e voltamos a escrever-vos com o mesmo objectivo.

Pedimo-vos, contudo, que ajudem os jovens a perceber o que se passou e a não deixarem que este facto os impeça de aproveitar da melhor maneira possível toda a restante JMJ 2016.

Unidos na missão,
O DNPJ
(28 julho 2016)

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