O Papa Francisco incentivou a ver nos “irmãos e irmãs migrantes” uma oportunidade de “crescimento humano, de encontro e de diálogo” aos jovens da Europa e de países do Mediterrâneo que estão na comunidade cristã italiana de Leuca.
“Faço votos que o significativo evento suscite um compromisso cada vez mais generoso em favorecer a cultura do acolhimento e da solidariedade, promovendo a paz e a fraternidade entre os povos”, começou por escrever o pontifíce.
Na mensagem divulgada pela Rádio Vaticano, o Papa encoraja a comunidade cristã de Leuca, os jovens dos países do Mediterrâneo e todas as pessoas de boa vontade a considerar a presença de “tantos irmãos e irmãs migrantes” como “uma oportunidade de crescimento humano, de encontro e de diálogo”.
Para Francisco o encontro com os migrantes é também uma ocasião para “anunciar e testemunhar o Evangelho da caridade”.
“Com estes sentimentos, encorajo a prosseguir com generosidade no caminho do bem; invoco a proteção da Virgem Maria para todos os participantes da iniciativa, que produzirá a ‘Carta de Leuca’ e concedo a minha a Bênção Apostólica”, conclui o Papa Francisco.
Os jovens de vários países europeus e do Mediterrâneo com culturas e religiosas diferentes estão reunidos para quatro dias de reflexão sobre temas comuns em Leuca, cidade italiano no extremo sul, onde ‘termina a Itália’.
O encontro anual, começou dia 10 e termina hoje, e nesta edição debateram a fraternidade e a cooperação com o tema «Mediterrâneo: Um porto de fraternidade».
A Rádio Vaticano explica que a ‘Carta de Leuca’, que vai ser apresentada no final do encontro de quatro dias, é um documento síntese das diversas culturas, sensibilidades e crenças religiosas que vai ser um apelo a políticos e governos para que construam um futuro de paz, como D. Tonino Bello – bispo de Molfetta, falecido em 1993 e com causa de beatificação em curso.
Na noite de ontem para hoje (13 para 14) os jovens fizeram uma peregrinação entre o túmulo de D. Tonino Bello e a Basílica Santuário de Santa Maria di Leuca – De Finibus Terrae.
Participam diversas instituições e entidades – Conferência Episcopal Italiana, Pax Christi, Migrantes, Caritas Italiana – onde destaca-se a Comunidade de Santo Egídio com o testemunho dos seus ‘corredores humanitários’ para ajudar os migrantes que fogem da guerra.