O Papa Bento XVI deixou-nos um testamento forte, a viver neste Ano da Fé, celebrando os 50 anos do Vaticano II. Apontando-nos o Rio de Janeiro, mostra-nos a estátua de Cristo Redentor, onde devemos estar enraizados e firmes na Fé para, com Ele e n’Ele, partirmos para fazer discípulos em todas as nações. Na Mensagem, certos de que nos deixamos invadir no Seu Coração pelo imenso amor que Ele nos tem, convida a que nos deixemos atrair por Ele, a que vivamos essa forte experiência na comunhão com Ele, a que nos deixemos amar por Ele e a sermos as testemunhas de que o mundo precisa.
Ao jeito de João Paulo II, Bento XVI também diz aos jovens dos nossos grupos a que sejam os primeiros missionários no meio dos jovens da sua idade, pois é certo de que “o homem que esquece Deus fica sem esperança e torna-se incapaz de amar o seu semelhante”. Por isso, quem conhece Deus e O ama, deve sentir a urgência de testemunhar a presença de Deus para que todos possam experimentá-la.
Neste Ano da Fé e animados e fortalecidos pelas circunstâncias concretas, nada fáceis, precisamos de recuperar a alegria de crer em Jesus Cristo e o entusiasmo de O anunciar… De facto, há forças contemporâneas muito interessadas em calar o Seu nome, a Sua Palavra, a Sua Igreja e os Seus discípulos… Sem esquecer ou querer esconder os pecados das pessoas da Igreja, sabemos que ninguém mais do que a própria Igreja sofre com estes pecados… Até ficaríamos contentes se não houvesse pecados fora das pessoas da Igreja… Porém, há um interesse fora do comum e muito estranho por investigar, publicitar e mencionar a Igreja e os seus representantes como os grandes pecadores nos nossos tempos… Está na intenção de forças muito claras, ainda que muito escondidas e secretas, destruir a acção da Igreja e os valores que ele proclama…
Não nos podemos deixar ir na onda nem deixar de ser claros e activos nos tempos actuais! A nossa resposta deve ser uma mais activa e mais positiva vida cristã e acção missionária, não nos intimidando com ameaças nem mordaças, venham de onde vierem…
Devemos formar os jovens como cristãos maduros, conscientes de que o compromisso missionário é uma dimensão essencial da Fé, pois, como diz a mensagem papal: “não se crê verdadeiramente se não se evangeliza”. E logo a seguir, diz Bento XVI: “E o anúncio do Evangelho não pode ser senão consequência da alegria de ter encontrado Cristo e ter descoberto n’Ele a rocha sobre a qual construir a própria existência”.
Dom Ilídio Leando, Vogal da CELF