Termina o mês de Maria, iniciamos o mês dos santos populares: António, João, Pedro!

Atrevo-me a dizer que o mês de junho é o mês da santidade, o mês em que os portugueses estão mais disponíveis para se associarem, fazerem festa, celebrarem, visitarem, acolherem, serem alegres.

Todos os cristãos, pelo batismo, estão chamados à santidade. Mas que santidade? A dos altares? Sem dúvida. A dos santos populares? Talvez. Mas precisamos acima de tudo de santos sem véu ou batina. Precisamos de santos de calças de ganga e sapatilhas. Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de santos que colocam Deus em primeiro lugar, mas que também se ‘esforcem’ na faculdade. Precisamos de santos que tenham tempo para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que se consagrem na sua castidade. Precisamos de santos modernos, Santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida no nosso tempo. Precisamos de santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.

Precisamos de santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de santos que bebam coca-cola e comam hot-dogs, que usem jeans, que sejam internautas, que usem walkman [mp3’s]. Precisamos de santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de desporto.

Precisamos de santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um ‘copo’ ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos. Precisamos de santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres e companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos. [Texto atribuído ao papa dos jovens: João Paulo II]

Bento Oliveira  |  @ilusaobento
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