«Alegrai-vos, sempre, no Senhor» (Flp 4, 4)
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Objectivos (à luz da mensagem do Papa)
- Perceber que a alegria é um dom de Deus e um fruto do Espírito Santo. “Deus é fonte da verdadeira alegria” (n. 2).
- Sentir alegria no coração não é igual a ter muitas coisas, mas a ter o essencial. “O nosso coração é feito para a alegria” (n. 1).
- A alegria, quando se comunica e se vive na comunhão, aumenta. “A alegria no amor, na partilha e nas provas” (nn. 4-6).
- Os cristãos são chamados a testemunhar a alegria da sua união com o Senhor. “Testemunhas e missionários da alegria” (n. 7).
- Maria é modelo e “causa da nossa alegria” porque nos dá Jesus. “Maria respondeu plenamente ao amor de Deus” (n. 7).
Da experiência pessoal e de grupo
- Olhando a Igreja de hoje e o mundo actual, enumerai 3 motivos de alegria e 3 motivos contrários (na Igreja e na Sociedade).
- A partir da Mensagem do Papa, concretizai formas de os jovens serem missionários da alegria na Paróquia, na Diocese e na Sociedade actual.
- Comentai esta expressão: ‘o amor, a esperança e a alegria são os principais distintivos dos jovens cristãos’.
- Podereis confrontar a vossa compreensão de «alegria» com o sentido desenvolvido no YOUCAT.
Bento XVI e o 27º Dia Mundial da Juventude
O Papa, a partir da frase de S. Paulo aos Filipenses, escolhida para tema da Mensagem deste ano, desenvolve vários aspectos deste convite, afirmando (ainda na introdução) que “a alegria é um elemento central da experiência cristã”. Fundamenta, nesta tese inicial, o desafio que faz aos jovens na conclusão: serem “missionários da alegria (…) missionários entusiasmados pela nova evangelização”. Recordando o compromisso de Madrid entre a Igreja e os jovens – dado que se a Igreja precisa dos jovens, os jovens também precisam da Igreja – afirma agora que “a Igreja tem a vocação de levar ao mundo a alegria, a alegria autêntica e duradoura, aquela que os anjos anunciaram aos pastores de Belém na noite do nascimento de Jesus” (introdução) e, para esta missão, os jovens são os aliados naturais da Igreja.
Ainda que as circunstâncias actuais sejam difíceis, o Papa, no nº 2 da mensagem, lembra que existem muitos motivos para a alegria e que o nosso coração é feito para ela. Afirma que “Deus quer fazer-nos participantes da Sua alegria” e que em Jesus Cristo, nossa Páscoa, “se encontra a alegria que buscamos”. De facto, “a primeira causa da nossa alegria é a proximidade do Senhor, que me acolhe e me ama”. Portanto, “a alegria cristã é abrir-se a este amor de Deus e pertencer a Ele”, sabendo que ela é dom do Espírito Santo. Não podemos viver uma fé impessoal, pois a Fé é uma relação com Jesus Cristo, Pessoa; não podemos viver um amor ausente, pois o amor concretiza-se na relação com próximos – Jesus e todos e cada um dos irmãos concretos. O Domingo dá-nos essa oportunidade de vivermos a Fé: encontrando-nos com Jesus, escutando a Sua Palavra e celebrando, com toda a família, a Eucaristia.
Nos números seguintes, o Papa afirma que, para conservar esta alegria cristã no coração, precisamos de a buscar na escuta da Palavra de Deus, no amor e na comunhão fraterna, na partilha com os outros e mesmo nas provações, referindo 2 jovens beatos como exemplos de testemunhas e de missionários da alegria cristã. Não esquecer esta máxima: a alegria entra no coração de quem se coloca ao serviço dos pequenos e dos pobres.
Palavra de Deus
«Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua Palavra. Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti. Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste: e eles as receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti e creram que tu me enviaste. Por eles é que Eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós. Enquanto eu estava com eles, eu os guardava em teu nome, o nome que me incumbiste de tornar conhecido. Conservei os que me deste e nenhum deles se perdeu, excepto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas, agora, vou para junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no mundo para que estes tenham a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua Palavra, mas o mundo odeia-os, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade. Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade.»
Em grupo, partilhai alguns pontos importantes deste texto da Oração de Jesus:
- Beleza e riqueza desta oração de um Filho para o seu Pai.
- Grandeza do amor de Jesus por nós – reparai nas motivações pelas quais intercede, em nosso favor, ao Seu Pai.
- Importância dada por Jesus à Palavra e à Verdade. Como estão respeitadas, uma e outra, na nossa sociedade?
- Qual a razão pela qual Jesus nos envia ao mundo?
- Explicai o sentido da expressão: “para que eles tenham a plenitude da minha alegria”.
Expressão de Fé
- Experimentai ficar algum tempo em silêncio. Pensai numa oração, na qual vós ides transmitir, perante todos e um de cada vez, o agradecimento a Jesus, como eco e resposta à Sua oração ao Pai.
- Terminai este momento de oração e de louvor com um cântico conhecido, no qual possais continuar a oração feita.
Compromisso
Para vos inspirar a preparar o vosso compromisso ao jeito de Maria e como preparação próxima para o Fátima Jovem, cito o último ponto da Mensagem do Papa: «A Virgem Maria vos acompanha neste caminho. Ela acolheu o Senhor dentro de si e anunciou com um canto de pouvor e de alegria, o Magnificat: “Minha alma glorifica o Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1, 46-47). Maria respondeu plenamente ao amor de Deus, dedicando sua vida a Ele num serviço humilde e total. É chamada de “a causa da nossa alegria”, porque Ela nos deu Jesus. Que Ela vos introduza nesta alegria que ninguém vos poderá tirar!» (n. 7).
- Preparai o vosso compromisso comunitário, como grupo de jovens. Que ele concretize, de alguma forma, o pedido que o Papa faz na mensagem deste Dia Mundial – serdes testemunhas e missionários da alegria, “entusiasmados pela nova evangelização”.
- Ainda que não partilhado, procure – cada jovem – pensar num compromisso pessoal que o ajude a viver melhor o Tempo Pascal deste ano – por excelência, o tempo de alegria.
