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O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil da Conferência Episcopal Portuguesa saúda a Cáritas Portuguesa pela apresentação do seu mais recente estudo anual sobre a “Pobreza e a Exclusão social em Portugal”. Os dados revelam uma realidade preocupante que afeta de forma transversal a sociedade, atingindo os jovens e limitando o seu acesso a condições dignas de vida e de futuro.
A realidade evidenciada pelo estudo demonstra que muitos jovens enfrentam dificuldades significativas no acesso a habitação digna, no ingresso no mercado de trabalho e na obtenção de condições justas para um futuro estável. A permanência prolongada dos jovens na casa dos pais, muitas vezes por ausência de alternativas viáveis, reflete um problema estrutural que exige respostas urgentes.
O estudo da Cáritas Portuguesa reforça, ainda, a evidência de que a pobreza se transmite entre gerações, sendo a educação um fator determinante para quebrar esse ciclo. A impossibilidade de muitas crianças e jovens terem um espaço adequado para estudar, bem como as dificuldades económicas que condicionam o percurso escolar, são desafios que exigem um compromisso de todos.
O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil não pode ficar indiferente à realidade apresentada. Acreditamos que cuidar dos mais frágeis é um compromisso que define a nossa identidade cristã. Como Pastoral preocupada com os jovens, somos chamados a promover espaços de escuta, acolhimento e acompanhamento, desafiados a assumir um papel ativo na inclusão dos mais vulneráveis, promovendo gestos concretos de proximidade e cuidado, a incentivar o diálogo intergeracional e a contribuir para que os jovens tenham voz ativa na construção de soluções para o seu presente e futuro.
Num tempo que se avizinham várias eleições no nosso país (Legislativas, Autárquicas e Presidenciais), encorajamos os responsáveis políticos, a sociedade civil e as comunidades cristãs a intensificarem os esforços na erradicação da pobreza e da exclusão social, garantindo que os jovens tenham condições dignas para viver e sonhar.
Lisboa, 19 de março de 2025