A Juventude Mariana Vicentina (JMV) de Paialvo realizou as sextas jornadas nacionais JMV intituladas “ Ser ou não ser”, um tema “delicado” que suscitou “muitas interrogações” proposto no seguimento das “questões humanitárias urgentes com que o mundo se depara”, no fim-de-semana 17 e 18 de outubro, no salão paroquial de Carrazede.
As jornadas nacionais da Juventude Mariana Vicentina começaram com a apresentação do tema ‘Humanidade esquecida’, pela vogal nacional da Missão JMV, Alice Santos.
Depois uma mesa redonda debateu ‘Política e Religião, sim ou não’, com a questão central “será que a Politica e a Religião se poderiam colocar no mesmo “saco”?’, e com a intervenção do presidente nacional da JMV, António Clemente; o presidente da junta de freguesia de Paialvo, Luís Antunes; o pároco da igreja local, o padre António José Barreleiro; Gonçalo Quitério e Carla Rodrigues, deputada na Assembleia da República.
“A conclusão retirada foi ‘sim’. Tudo o que decorre na nossa vida envolve política, e como um cristão não pode viver isolado do mundo, esta ligação torna-se fortemente dependente uma da outra, de tal modo que seja simbiótica”, explica uma nota da JMV de Paialvo enviada ao Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, que também participou neste encontro nacional.
Desta mesa redonda ficou patente que existe um objetivo que liga a política e religião: “O bem comum de toda a humanidade”, por isso, os cristãos têm de se “envolver”.
“Devemos colocar o Evangelho ao serviço da política, do bem comum, com vista a humanizar o mundo e deixar o Deus dinheiro ‘fora de jogo’. Não podemos deixar que o nosso egoísmo domine as nossas ações e nos transforme em bárbaros do sec. XXI”, desenvolve a JMV de Paialvo.
A deputada na Assembleia da República, Carla Rodrigues, apresentou também ‘Cristãos nómadas VS cristãos sedentários’ e destas jornadas ficou a expressão “cristãos nómadas”: “Uma busca incessante por Cristo, ou seja, não nos deixarmos adormecer como sedentários, mas antes, sermos peregrinos no amor.”
Por sua vez o pároco do Pedrogão, o padre Ramon, desenvolveu ‘Igreja com Alzheimer’ que refletiu se quem se anuncia foi esquecido, “o genuíno e a essência de Cristo ficam para trás”.
“Transformamo-nos em cristãos com preguiça de nos levantar do sofá e intervir politica e socialmente em prol de uma humanização, a civilização do amor”, acrescenta a nota.
O tema ‘Ser ou não ser?’, foi apresentado por Tiago Barroso e encerrou as sextas jornadas nacionais da Juventude Mariana Vicentina, no fim-de-semana 17 e 18 de outubro, no salão paroquial de Carrazede.